Seguro popular deve sair do papel neste ano

Seguro popular deve sair do papel neste ano

O seguro popular de automóveis pode sair do papel neste ano. A medida, considerada um remédio para conter a desaceleração na carteira, avançou com a abertura de consulta pública pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) para que carros mais velhos possam ser protegidos de sinistros, furtos e roubos. A previsão é de que as apólices cheguem a custar 30% a menos do valor praticado atualmente no mercado.

Interessados podem fazer sugestões à minuta da Resolução do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) até 18 de janeiro. No texto constam regras e critérios para a operação do seguro popular de automóvel, como a permissão de uso das peças usadas oriundas de empresas de desmontagem, e a recuperação de veículos sinistrados com cobertura secundária.

A proposta estabelece que o seguro popular de automóvel será destinado exclusivamente à cobertura de veículos com cinco anos ou mais de fabricação e, nos casos de caminhões, não há limitação de ano de fabricação veículo.

O seguro deverá ter, obrigatoriamente, uma das seguintes coberturas: de indenização integral por incêndio, queda de raio e/ou explosão; cobertura de indenização integral por roubo ou furto; e/ou cobertura de indenização integral por colisão. A contratação de cada cobertura principal não poderá estar condicionada à contratação de outra cobertura, seja principal ou adicional. Mas as sociedades seguradoras poderão oferecer coberturas adicionais de perda parcial em complementação às coberturas contratadas.

Interessados deverão encaminhar e-mails para os endereços cgpro.rj@susep.gov.br ou coseb.rj@susep.gov.br, devendo ser utilizado quadro padronizado específico, disponível na página da Susep na Internet (http://susep.gov.br/menu/atos-normativos/normas-em-consultapublica).

Por ano, cerca de 500 mil veículos são furtados

ou roubados no Brasil. Só a metade é recuperada pelas seguradoras. Os veículos levados pelos bandidos mantêm o mercado negro de peças, cujo faturamento com a venda chega a ser cinco vezes maior que o valor de mercado do automóvel.

O consenso de seguradores e corretores é de que a aprovação da lei dos desmanches legais vai minar ação das quadrilhas organizadas e, em consequência, reduzir a sinistralidade da carteira de automóvel, além de viabilizar o seguro popular de auto, já que autopeças certificadas poderão ser usadas no reparo desses veículos, barateando as despesas e os valores dos prêmios cobrados. Hoje, o fato de peças novas terem de ser usadas nos sinistros de carros mais velhos é que torna o negócio inviável.

Fonte: Radar Nacional

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