Exportações crescem, mas mercado de pneus segue no vermelho

Exportações crescem, mas mercado de pneus segue no vermelho

Nem mesmo as exportações salvaram o desempenho da indústria de pneus, que encerrou o primeiro trimestre do ano no vermelho, com redução de 3% nas vendas. Foram 17,6 milhões de unidades comercializadas de janeiro a março deste ano ante 18,2 milhões, em igual período de 2015. Fortemente influenciada pela retração da atividade da indústria automotiva, houve queda de 7,9% nas vendas por tonelada, passando das 267,5 mil para 246,5, na mesma base de comparação.

As montadoras diminuíram em 27,8% a compra de pneus no período. Foram 4 milhões de unidades no trimestre do ano passado frente as 2,9 milhões de unidades adquiridas neste ano. A queda em relação às toneladas foi de 40%: de 54,5 para 32,4 ton. O mercado de reposições apresentou leve retração, de 1,8%, com 11 milhões de pneus comprados no trimestre, ante 11,9 milhões em igual período do ano passado. Na comparação por peso, a queda foi de 0,9%: de 168,2 para 166,7 toneladas.

Positivo mesmo somente as vendas para o mercado externo. As exportações encerraram o trimestre com alta de 26,4%. Foram 3,7 milhões de pneus vendidos para outros países neste ano, frente as 2,9 milhões de unidades em igual período do ano passado.

Segmentos
Entre os segmentos, as vendas de pneus de passeio para as montadoras continuam em queda, acompanhando o fraco desempenho do setor automotivo. As exportações e as vendas para a reposição ajudaram a segurar o mercado, mas não o impediram de sair do saldo negativo. Em volumes totais, foram vendidas 9.541.562 unidades no primeiro trimestre deste ano ante 9.575.169, na comparação com o mesmo período do ano passado, uma retração de 0,4%. Enquanto que a demanda das montadoras caiu 24,3% – de 2,2 milhões para 1,7 milhões – as exportações cresceram 49,7%, passando das 919.168 unidades do ano passado para 1.722.592, neste ano. Já o mercado de reposição apresentou alta de 1,3% – de 6.362.050 para 6.442.780 unidades.

As vendas de pneus de carga, que têm maior valor agregado, apresentaram leve recuperação no mercado de reposição e nas exportações, o que contribuiu para salvar o setor de resultados ainda piores. Mas, segundo a ANIP, a queda de vendas para as montadoras mostra que o autônomo e o empresariado estão pouco confiantes em investir na renovação da frota diante da conjuntura econômica do país. No trimestre, as montadoras reduziram em 40% a compra de pneus para pesados – foram 325.004 unidades no ano passado frente as 193.691 unidades neste trimestre. Para o setor de reposição, as vendas cresceram 3,5%, passando de 1,2 milhão para 1,3 milhão. Já as exportações apresentaram crescimento de 21,8% – de 251.651 para 306.499 unidades.

Produção
Diante das seguidas quedas nas vendas, o setor também sofreu significativa redução na produção. No trimestre, foram produzidas 16,61 milhões de unidades, queda de 7,6% em comparação com as 17,97 de unidades fabricadas entre janeiro e março de 2015.

A balança comercial manteve o superávit, conseguindo exportar mais do que importar no período confrontado. No primeiro trimestre deste ano, o mercado faturou 201 milhões de dólares. Já o ano de 2015 encerrou com um saldo total de 743 milhões de dólares.

Fonte: Radar Nacional

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