ABEIFA: IPI de veículos é “insustentável”

ABEIFA: IPI de veículos é “insustentável”

abeifa-ipi-de-veiculos-e-insustentavelA Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) divulga dado que mostra retração expressiva no mercado de veículos premium. Os emplacamentos de marcas associadas recuaram praticamente pela metade em maio na comparação com igual período de 2015. Resultado, além da tendência do mercado interno, que sofre com a crise, puxado pela venda fora de cota estabelecida por 30% a mais no IPI, aliado à cotação do dólar.

“A diretoria da Abeifa espera que o Governo Federal reveja os 30 pontos percentuais, medida criada pela administração anterior sem qualquer critério e que contraria inclusive e frontalmente as normas da Organização Mundial do Comércio. Por isso, o nosso pleito de isonomia de tratamento ao nosso setor”, esclarece José Luiz Gandini, presidente da Abeifa.

A associação avalia a necessidade de serem tomadas medidas urgentes para evitar a insustentabilidade dos negócios das importadoras e redes de concessionárias. “Volto a insistir que o setor de importados não pode esperar até dezembro de 2017 o fim dos 30 pontos percentuais do IPI”.

Em maio, foram vendidas 2.696 unidades importadas, volume 5,6% inferior a abril, quando foram emplacadas 2.856 unidades. Já em comparação com o quinto mês do ano passado, quando foram comercializados 4.828 veículos, houve queda de 44,2%.

No acumulado dos cinco primeiros meses, as associadas venderam 15.412 automóveis, desempenho 44,5% abaixo do primeiro quinquimestre de 2015, quando foram 27.772 veículos vendidos.

O quadro do setor é tido pela entidade como “desolador”. Em 2011, quando foram instituídos os 30 p.p. no IPI, as associadas à ABEIFA responderam por 199 mil unidades comercializadas nas 848 concessionárias, 35 mil empregos diretos e impostos recolhidos na ordem de R$ 6,5 bilhões. Hoje a rede é formada por 450 lojas, que empregam 13,5 mil trabalhadores diretamente. A previsão de recolhimento de impostos encolheu para R$ 2,1 bilhões.

Com relação à produção local, associadas BMW, Chery, Mini e Suzuki fecharam maio com 1,2 mil emplacamentos, alta de 46,4% em relação a abril, mas de queda de 65,7% se comparado com maio de 2015, quando foram emplacados 3.594 veículos nacionais. Enquanto, no acumulado, as quatro associadas à Abeifa totalizaram 3.937 unidades emplacadas, queda de 47,8% ante as 7.548 unidades dos primeiros cinco meses do ano passado. Com os totais somados – importados e produção nacional -, a participação das filiadas à Abeifa no mercado interno é de 2,42% no mês de maio e de 2,47% nos primeiros cinco meses do ano.

Fonte: Radar Nacional

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