Cuidados para enfrentar o trânsito em áreas alagadas

Cuidados para enfrentar o trânsito em áreas alagadas

As intensas chuvas registradas desde quinta-feira, 10, colocaram a Região Metropolitana de São Paulo em estado de sitio. Cidades como Franco da Rocha estão submersas e o trânsito é caótico na capital paulista. Dirigir em áreas de alagamento é bastante perigoso. Quando é inevitável, é importante seguir algumas dicas que reunimos para sua segurança e para evitar grandes prejuízos.

A primeira regra. Fique atento ao nível de água do trecho alagado. De acordo com o Centro de Experimentação de Segurança Viária – CESVI BRASIL – fabricantes definem no manual o nível máximo que o carro pode encarar sem que haja riscos. Se você não tem acesso a esta informação, a dica é não deixar a água passar do meio da roda.

Enquanto dirige na água, mantenha a maior rotação e constante do motor, em torno de 2.500 RPM. Isso vai diminuir a variação do nível de água e reduzir os respingos no motor que podem contaminar os componentes eletroeletrônicos. A baixa velocidade melhora a aderência e dirigibilidade.

Se o carro afogar durante a travessia não tente dar a partida. Há o risco de ter entrado água no motor e mantê-lo desligado diminui os riscos de danos com a penetração de líquido na câmara de combustão.

Se o carro tiver transmissão automática, é recomendável mudar a função para troca manual. O carro terá menor velocidade e uma rotação maior. Alterne a troca de marchas entre ponto morto e primeira marcha. Isso vai manter a velocidade baixa no trecho alagado.

Começaram a sugir sons estranhos no automóvel? Mantenha calma. Em condições de alagamento, o veículo pode sofrer o aumento de esforço da direção hidráulica, variação na luminosidade das luzes do painel, alerta sonoro, flutuação dos ponteiros e anomalias na injeção eletrônica. Também é comum nestas condições aumento do esforço ao frear. A dica é redobrar a atenção e manter o menor número de equipamentos ligados.

Ar-condicionado ligado? Nem pensar. Com o equipamento ligado, aumenta o risco de entrar água na tomada de ar do motor e, com isso, a possibilidade de calço hidráulico. Veículos tunados sofrem mais riscos. É aconselhável redobrar a atenção.

Manutenção
Depois de enfrentar o alagamento é hora de levar o carro para a manutenção. O check-up vai corrigir possíveis problemas na injeção eletrônica, a princípio imperceptíveis, mas que a longo prazo, com mau contato, podem causar transtornos.

É recomendável também checar a contaminação do óleo de transmissão, eixos diferenciais, no caso de veículos com tração traseira ou mesmo quatro por quatro, o que determina a redução da vida útil dos componentes integrantes desses conjuntos, além de riscos acentuados de falhas na embreagem, suspensão e freios. Para combater os efeitos dessa possibilidade, é recomendável encaminhar-se rapidamente até uma oficina e solicitar a avaliação desses itens.

Se o carro passou mais de uma vez por áreas alagadas, é indicado uma limpeza no sistema de ventilação, que poderá sofrer a contaminação por fungos, microorganismos e bactérias, demandando limpeza de todo o sistema para a utilização segura.

Fonte: Radar Nacional

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