A bicicleta aos poucos tem ganhado cada vez mais destaque entre os meios de transporte. Nos grandes centros, apesar de ainda faltar muito para avançar, a malha cicloviária tem aumentado na luta por reverter o problema causado pelo trânsito caótico, resultado de anos de investimentos em infraestrutura viária que prioriza somente os automóveis. Pesquisa divulgada nesta semana revelou um aumento no número de ciclistas que levaram a bike mais a sério e a utilizam agora como principal meio de transporte, nos deslocamentos para o trabalho ou para os estudos. No entanto, é preciso atentar-se para o uso de equipamentos de segurança que preservem a integridade física dos ciclistas, expostos aos riscos no trânsito.
O Mapa da Violência produzido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) com base em números do Sistema Único de Saúde (SUS) estima que cinco ciclistas perdem a vida no trânsito todos os dias no Brasil. As mortes quintuplicaram de 2009 para 2013. Em 2011, foram registrados 1,9 mil óbitos, o que corresponde 4% das mortes no trânsito naquele período. Já as internações somaram 9.564.
Para reduzir o impacto de um acidente de trânsito e a ferimentos mais graves, o capacete é um dos itens indispensáveis de segurança. Há no mercado diversos modelos, mas o ideal, de acordo com técnicos do Centro de Experimentação e Segurança Viária – CESVI Brasil – é optar pelos certificados. O tamanho é outro detalhe importante a ser verificado na hora da aquisição, não pode ser nem muito grande ou pequeno, para não ficar folgado ou apertado na cabeça. É importante que ele esteja perfeitamente acoplado de forma a não causar desconforto nem haver riscos de se soltar em uma eventual queda.
A sapatilha de ciclismo é outro acessório que faz a diferença no dia a dia de quem pedala. O calçado possui um sistema de “clipagem”, localizado na sola, que ajuda a encaixar os pés nos pedais e impedem escorregões.
As luvas, além de ajudarem a não irritar a pele no contato contínuo da palma da mão com a manopla, são úteis também no inverno. Elas mantêm as mãos aquecidas e evitam com que elas enrijeçam com o vento frio, o que pode atrapalhar o ciclista na hora de acionar os freios.
Os protetores de joelho e cotovelo tendem a amenizar impactos mais severos. A dica é a mesma em relação ao capacete. Na hora de comprar, experimente.
Luzes de segurança instaladas na frente e atrás da bicicleta fazem toda a diferença para quem pedala a noite. O recomendável é utilizar os acessórios alimentados por baterias.
Por último, mas não menos importante, o espelho retrovisor. Este acessório é imprescindível para que o ciclista visualize as condições de tráfego para trocar de faixa ou efetuar outras manobras em segurança. E vale lembrar: seu uso é obrigatório.
De todos os itens, o bom senso é o mais relevante. Ao dividir o espaço no asfalto com outros veículos, é preciso redobrar a atenção e nunca se esquecer de que o ciclista é o mais vulnerável entre os automóveis.
Fonte: Radar Nacional
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