Planejamento de cidades inteligentes terá grupo especial em ministério
As políticas públicas para o desenvolvimento de cidades inteligentes terão o envolvimento de especialistas que agora compõem um Grupo de Trabalho, coordenado pela Secretaria Naicnal de Acessibilidade e Programas Urbanos (SNAPU), do Ministério das Cidades. O anúncio foi feito pela diretora do Departamento de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano, Ana Paula Bruno, no Smart City Business Congress & Expo, que reuniu em Curitiba (PR), representantes de diversos países, CEOs de grandes e pequenas empresas de tecnologia, gestores públicos, empreendedores e especialista em soluções inovadoras para melhorar a qualidade de vida nas cidades.
Em três dias de debates foram discutidas questões sobre mobilidade urbana, tecnologia, transporte e iluminação pública. As discussões em torno de parcerias público-privadas (PPPs) e sistemas autônomos tiveram a presença de 150 palestrantes que apresentaram cases de soluções para problemas nas cidades. Ana Paula participou do painel sobre Arranjo Produtivo Local (APL). “A proposta é incorporar a abordagem de cidades inteligentes nas políticas públicas já desenvolvidas pelo Ministério das Cidades, de forma a torná-las mais eficientes e contribuir para a solução de problemas históricos das nossas cidades”, explicou.
O resultado dos debates é o desafio de encontrar parceiros, conectá-los em rede e potencializar suas vocações em tecnologia da informação e comunicação. Segundo a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no Brasil já existem 31 APLs de tecnologia da informação.
A qualidade de vida e transparência na administração pública é uma exigência da sociedade aos governantes. Para cumprir essa demanda, é necessário, segundo os especialistas, estabelecer uma interação direta e dinâmica com a população, além de proporcionar transparência em tempo real para ações dos governantes. O debate pretende apontar para inúmeras oportunidade no setor das cidades inteligentes que já têm um impacto superior a 1 trilhão de dólares no mundo.
O evento também serviu par o debate em torno de instrumentos de gestão e planejamento do solo para mobilizar parte da valorização da propriedade imobiliária resultante da intervenção pública e investimentos em infraestrutura e serviços urbanos. Foram apresentadas ainda experiências internacionais sobre as inovações tecnológicas relacionadas a mobilidade urbana, com desafios e oportunidades da inovação disruptiva na área e a necessidade de uma regulação eficiente, do ponto de vista inclusivo e concorrencial, entre outros temas.
Fonte: Radar Nacional
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