Jovem e conectado: o perfil do novo caminhoneiro no país

Jovem e conectado: o perfil do novo caminhoneiro no país

jovem-e-conectado-o-perfil-do-novo-caminhoneiro-no-paisO velho conceito sobre o perfil do caminhoneiro caiu em desuso. A imagem de uma pessoa mais velha e de pouco conhecimento é afastada por uma nova pesquisa feita pelo Instituto Julio Simões, braço da companhia JSL, mais empresa de logística rodoviária do país. Levantamento mostra que os caminhoneiros que viajam pelas estradas brasileiras possuem idade média de 36 anos e estão antenados com as novas tecnologias.

A nova geração de caminhoneiros é, na maior parte, casada, e trabalha entre 8 e 10 horas por dia. A sondagem faz parte das ações do Programa Pela Vida, que oferece orientações de saúde, finanças e segurança nas rodovias e atendeu 14.238 motoristas em 2015. “Nosso levantamento visa, num primeiro momento, traçar o perfil do profissional das estradas e quais as transformações que ele vem passando ao longo dos últimos anos”, afirma Luciana Alves, gerente de comunicação da JSL e do Instituto Julio Simões.

Outro conceito afastado na pesquisa é o legado deixado pelo pai aos seus filhos. Cada vez menos jovens têm seguido os passos dos pais em assumir o volante de veículos de carga pesada. O reflexo disso, conforme interpretado na pesquisa, é a idade média do início da carreira dos profissionais atualmente. Metade dos entrevistados começou a trabalhar nas estradas aos 36 anos.

Mas aumenta também a participação no mercado de motoristas mais velhos. O número de caminhoneiros com mais de 55 anos triplicou em três anos. Eles já representam 10% do mercado.

Ainda segundo a pesquisa, grande parte dos profissionais atua há mais de cinco anos no mercado (87%); detêm vínculo empregatício (74%); e curso de direção defensiva (77%). “Atualmente, há uma preocupação das empresas e dos próprios motoristas em fortalecer a profissão. Percebemos que junto com o amadurecimento profissional houve uma transformação do setor”, reforça Luciana.

Conectado
Mudanças no perfil do motorista profissional com relação à procura por informação também são verificadas na pesquisa. Agora o novo caminhoneiro é profissional liberal, organizado em pequenas empresas ou cooperativas. Investe em veículos modernos e está cercado de tecnologia. Muitos usam aplicativos de fretamento para fechar contratos. Para o diretor de operações da JSL, Adriano Thiele, a efetivação dessa mudança tecnológica será a grande transformação do setor nos próximos anos.

Os profissionais também se queixaram na entrevista de jornadas de trabalho desgastantes. Para aguentar mais de 10 horas nas estradas, caminhoneiros se arriscam e põem também em perigo a vida de terceiros. Grande parte dos profissionais assumiu consumir ou ter consumido bebida alcoólica (47%). Outros 20% confirmaram que usam estimulantes e, em mesmo percentual, que já experimentaram drogas ilícitas, como cocaína, maconha ou LSD.

Chama atenção também o sedentarismo na profissão, mais de 71% dos profissionais dizem não praticar nenhum tipo de atividade física: “A implantação da lei do caminhoneiro, aliada ao aumento de fiscalização pelas próprias empresas, tende a contribuir para um aumento na qualidade de vida do próprio profissional e para, cada vez mais, a valorização dele no mercado”, finaliza Thiele.​

Fonte: Radar Nacional

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