Fraudes no DPVAT terão um custo alto para acionistas da Líder
Companhias sócias da Seguradoras Líder deverão sofrer um prejuízo alto por conta dos desdobramentos da Operação Tempo de Despertar, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPMG), que desmantelou uma rede de criminosos que fraudavam o seguro obrigatório DPVAT. Os promotores mineiros calculam que os prejuízos anuais equivalem a 20% da receita captada pelo seguro.
Neste cenário, só no ano passado, as perdas somam R$ 1,7 bilhão considerando o faturamento de R$ 8,6 bilhões no período. O desfalque pode ser multiplicado por cinco, já que o MP-MG alertou ainda em 2011 à Seguradora Líder, via ofício, das irregularidades envolvidas no DPVAT.
Os prejuízos serão cobrados, cedo ou tarde, com os resultados da Tempo de Despertar. Cobrança decorrentes de irregularidades que os promotores mineiros dizem comprovadas não devem tardar a acontecer. Entre outras obrigações, cita o MP, “o pagamento de indenizações pela Seguradora Líder em valores expressivos antes de homologado acordo e diretamente a advogados da parte autora” e também “o pagamento de indenização mesmo depois de ter sido negada a homologação judicial diante da constatação de indícios de fraude”.
A cobrança desses atos é vista como ilegal pelos promotores. Concorrentes como a Gente Seguradora, especulam que dificilmente os prejuízos sairão dos cofres da Líder, que poderia compensar o prejuízo no reajuste dos preços do seguro obrigatório. Para gestores da Gente, seria o mesmo que transferir a conta dos valores desviados para a sociedade, particularmente para os proprietários de veículos automotores e para as vítimas de acidentes de trânsito, que hoje recebem valores de indenizações corroídos pela inflação de nove anos, já que não são corrigidos desde 2007.
Fonte: Radar Nacional
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