Eficiência energética: 82% das transportadoras fazem gestão ambiental da frota
A adoção de políticas ambientais também chegou ao transporte rodoviário de cargas no país. Sondagem sobre a eficiência energética da frota feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) aponta que 82,5% das transportadoras monitoram algum indicador de desempenho relacionado à gestão ambiental.
O mais comum é do consumo de combustível, que atinge 95,9% das empresas que trabalham com metas de redução. Um dos pontos mais importantes é o treinamento dos motoristas, já que o veículo usado corretamente diminui a geração de energia por meio da queima do diesel. Algumas empresas chegam a reduzir 12% os gastos com combustível. Entre as empresas que participaram da pesquisa, 91,1% treinam seus profissionais sobre o assunto, enquanto que 78,2% fazem isso pelo menos uma vez por ano.
Usar corretamente a água é outra preocupação. Ações que reduzem o consumo foram implementadas em 66% das empresas que participaram da sondagem. De acordo com a pesquisa, 44,5% reaproveitam recursos hídricos ou sólidos.
Sustentabilidade
Outras empresas levam a questão ambiental ainda mais a sério. Uma delas, com sede em Vacaria (RS), acendeu a luz de alerta há nove anos para os impactos ambientais. “Diante da preocupação que o mundo todo tem com questões ambientais, poluição, aquecimento global, a Cavalinho começou a se perguntar o que poderia fazer. Então, levantamentos e inventariamos as emissões em toda a cadeia de produção”, conta o diretor-presidente da companhia, Paulo Ricardo Ossani.
Isso levou a uma série de ações de redução da poluição e do consumo de recursos energéticos, entre eles, a destinação e o tratamento correto dos resíduos e a implantação de um centro de treinamento para motoristas que aprendem a dirigir e poluir menos. Hoje, 70% da frota da empresa é formada por caminhões com tecnologia Euro 5, que tem um sistema de tratamento dos resíduos após a combustão e reduz a quantidade de poluentes jogados na atmosfera.
A empresa também reflorestou áreas degradadas e adquiriu uma área de preservação permanente na Amazônia, de 16,5 mil hectares de mata virgem. “Sabemos que essa vegetação é capaz de compensar até quatro vezes mais que o total de emissões de gases causadores do efeito estufa geradas pela nossa atividade. Isso se chama mitigação. Se cada um fizer isso, poderemos alcançar a neutralidade das emissões no planeta”, conclui Ossani.
Fonte: Radar Nacional
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