“Desrespeito ao cidadão”: Taxistas desaprovam vistoria por amostragem em SP
Depois de aprovar o uso de aplicativos de carona remunerada na capital paulista, o prefeito Fernando Haddad (PT) volta a provocar reações por parte de taxistas descontentes com as mudanças sinalizadas pela administração petista na vistoria dos táxis. A intenção é vistoriar cerca de 10% da frota ou por meio de denúncias.
A novidade, que poderia ser mais um agrado para a categoria foi mal recebida e considerada um desrespeito ao cidadão. “É um enorme absurdo. Os taxistas devem ser fiscalizados com o rigor necessário para garantir a segurança da população, como qualquer outro serviço público”, defende o presidente da Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Motoristas de Taxis – Abracomtaxi, Edmilson Americano.
Atualmente, cerca de 38 mil táxis são obrigados a passar pela vistoria anual. Só assim o taxista consegue renovar o Condutáxi, que é a habilitação para dirigir, e o alvará do veículo. A vistoria custa R$ 100. À imprensa, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, disse que não é obrigação da prefeitura verificar se o taxista cuida bem do carro, e sim do próprio profissional.
Americano afirma que a manobra é uma forma de “tirar da categoria a credibilidade do serviço regulamentado, legal e seguro”. Ainda de acordo com o presidente da Abracomtaxi, o prefeito tem tomado decisões constantes que só prejudicam os taxistas. “Ele se mostra totalmente perdido, cada hora diz uma coisa e nunca age com coerência”, diz Americano, citando como exemplo tanto a decisão do Haddad pela autorização do funcionamento do Uber na cidade como também pela liberação das faixas e corredores de ônibus pelos próprios taxistas. “O tempo demonstra a fragilidade dos seus discursos”, critica.
A liberação do Uber em São Paulo deve acarretar em um prejuízo de R$ 300 milhões para os taxistas. Há incoerência, no entendimento da Associação, nas ações do prefeito, que anteriormente sancionou a Lei Municipal 16.279/2015 que proibia o uso do Uber em São Paulo, com 43 votos na Câmara a favor. “Nossas leis são claras, placa cinza não pode fazer serviço remunerado de passageiro. Queremos respeito aos nossos direitos, as nossas leis”, afirma o líder dos taxistas.
Fonte: Radar Nacional
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