Campanha contra uso de celular ao volante é lançada na Câmara
A campanha “Pare de Dirigir Teclando”, uma ação que envolve clubes de motociclistas do Distrito Federal entre outras entidades, foi lançada na Câmara dos Deputados, durante reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Motociclistas. A ideia é fazer um aleta para a redução de acidentes de trânsito no país provocados pela distração.
Na ocasião, foi homenageado o servidor público Antonio Eduardo da Silva Mendes, 52 anos que morreu no dia 22 de abril depois de ser atingido por um veículo no Setor Sudeste, em Brasília. Pessoas que estavam presentes no local do acidente afirmaram que o motorista responsável pelo acidente dirigia enquanto digitava no celular.
No ano passado, 12 mil pessoas morreram em acidentes envolvendo motocicletas. Em uma década, o número de vítimas saltou 280%. Vítimas de acidentes com motos representam um aumento de 115% no número de internações em hospitais públicos.
Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê que dirigir falando ao telefone celular é uma infração média, passível de multa de R$ 85,13 e de perda de cinco pontos na carteira. A partir de 5 de novembro deste ano, a infração passará a ser gravíssima e a multa terá valor reajustado. Neste caso, o condutor terá o direito de dirigir suspenso e pagará multa de R$ 293,47.
Risco
Estudos mostram que os riscos de acidentes por digitar enquanto dirige aumentam até 400%. Pesquisa feita em um hospital de São Paulo revela que 80% dos motoristas consultados usam telefones celulares ao volante, 42% admitiram que enviam mensagens de texto enquanto dirigem. Para 8%, mudar de comportamento está fora de questão, mesmo sabendo das consequências.
“Muitas pessoas têm dúvida se pode usar o fone de ouvido e usar o sistema bluetooth do som do carro, mas não pode. Porque, nestes casos, estamos usando funções cerebrais que prejudicam nossa atenção. Não é como conversar com o passageiro ao lado ou ouvir música no rádio, por exemplo”, explica a coordenadora de infrações do Detran do Paraná, Marli Batagini.
Segundo a psicóloga especialista em trânsito, Joneia Towamoto, o condutor já tem vários fatores para se preocupar e insistir em usar o aparelho aumenta em até duas vezes o tempo necessário para reação. “Dirigir exige o raciocínio aritmético (cálculo de aceleração e distanciamento do veículo da frente) e lógico (análise do fluxo dos veículos da frente e de trás). Quando uma pessoa utiliza o celular na direção a reação automaticamente fica mais lenta e faz com que o condutor perca completamente o foco”, alerta.
Fonte: Radar Nacional
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