ANP: Brasileiro abasteceu menos o carro em 2015
As vendas de combustíveis no mercado interno totalizaram 141,811 bilhões de litros em 2014, uma redução de 1,9% se comparados aos 144,541 bilhões de litros registrados no ano anterior. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A maior baixa foi no comércio do óleo diesel B, que sofreu queda de 4,7%, passando de 60,032 bilhões de litros para 57,211 bilhões de litros na mesma base de comparação. Já as vendas de biodiesel cresceram 17,4%, de 3,410 bilhões de litros em 2014, para 4,005 bilhões de litros em 2015. A alta é atribuída ao teor de adição do biodiesel ao óleo diesel A em 2014, de 5% para 6% em julho e de 6% para 7% em novembro, em contraste com o ano de 2015, quando em todo o período houve vigência da mistura de 7%.
A venda de gasolina caiu 7,3%, com 41,137 bilhões de litros, ante os 44,364 bilhões registrados em 2014. O consumo de etanol hidratado, que havia sido de 12,994 bilhões de litros em 2014, aumentou para 17,863 bilhões de litros em 2015, o equivalente a um crescimento de 37,5%. O etanol total (soma de anidro – etanol misturado à gasolina – e hidratado – etanol combustível) teve elevação de 19,6% em 2015 frente a 2014, de 24,085 bilhões de litros para 28,796 bilhões de litros.
Denúncias
Em 2015, a ANP recebeu cerca de 7,5 mil denúncias de adulteração de combustíveis. De acordo com o superintendente de Fiscalização do Abastecimento da ANP, Carlos Orlando da Silva, as principais irregularidades encontradas nas fiscalizações foram o percentual de etanol anidro fora dos 27%.
Silva avalia que a fiscalização foi aprimorada nos dois últimos anos e a adulteração primária de combustíveis já não é mais verificada. “Tem, mas em número reduzido. Foi a conjugação de dois fatores, uma intensificação da fiscalização não somente em campo, mas no julgamento dos processos e, segundo, é uma conscientização na maioria dos distribuidores de vender um produto de melhor qualidade. Não vamos ser ingênuos dizendo que não existe. Existe ainda quem faz falcatrua no mercado, mas o que a gente nota é uma melhoria tanto no agente de mercado como na nossa ação”, disse em entrevista à Agência Brasil.
O superintendente destacou o julgamento dos processos no mesmo ano. “É melhor para a sociedade. Uma coisa é eu autuar uma pessoa e passar dois anos para ele receber a multa. A outra é autuar e no mesmo ano ele receber a cobrança. Dói no bolso mais rapidamente. Tudo que dói no bolso recebe maior atenção”.
Ainda segundo Silva, o consumidor deve denunciar, no entanto, ocorrem casos em que o registro é inconsistente. “Quanto maior o número de inconsistência, mais chance da gente errar. Se as denúncias viessem mais consistentes, maior seria o nosso acerto”, analisou. “Muitas denúncias são de pessoas que abastecem os veículos e, após defeitos nos motores, culpam o combustível usado. No entanto, a verificação da ANP não indica problema. Também ocorrem denúncias levadas por práticas concorrenciais, de pessoas que denunciam combustível clandestino de concorrentes”, finalizou.
Fonte: Portal do Trânsito
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